quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Anivaldo diz que governo de Jatene foi campeão de obras inacabadas

O governo de Simão Jatene (PSDB) foi o campeão das obras inacabadas, afirmou o candidato a vice-governador de Ana Júlia Carepa (PT), da Frente Popular Acelera Pará, Anivaldo Vale (PR), durante o debate entre os vices, promovido nesta terça-feira, 28, pelo Sistema Liberal de Rádio. Seguindo o exemplo de Jatene, que faltou ao debate promovido pelo Sistema Liberal de Rádio na segunda-feira, 28, o candidato à vice Helenilson Pontes também não compareceu. A assessoria dele justificou que ele não conseguiu vôo de Santarém para chegar a tempo em Belém. Além de Anivaldo, participaram do debate Mônica Soares, do PSOL, e Hildegardo Nunes, do PMDB. O programa foi apresentado pelo jornalista Salomão Mendes.

Para Anivaldo, Jatene deixou tudo para Ana Júlia fazer. “Agora eles saem dizendo aos quatro ventos que o Pará vai voltar a crescer. Só se for o crescimento das obras inacabadas, do escândalo de desvio dos recursos do Projeto Alvorada, deixando milhares sem saneamento no interior do Estado”, disse Anivaldo, ao lembrar que foi convidado para participar como vice e candidato ao Senado nas chapas do PMDB e do PSDB, mas optou por Ana Júlia porque a conhece há muitos anos.

“Ela (Ana Júlia) é séria, honrada, tem bons propósitos e bons costumes”, disse Anivaldo, para destacar que ela trabalhou em sintonia com o presidente Lula para garantir obras estruturantes que não foram feitas por outros governos, como as pavimentações da Santarém-Cuiabá e da Transamazônica, as eclusas de Tucuruí, a verticalização da produção minerária. “Essas obras vão mudar a geografia exportadora do País, que perde 30% da produção levada para Paranaguá e Santos. Nós vamos gerar mais empregos no Pará”.

Continuidade - Anivaldo disse que, elegendo Ana Júlia e ele, o Pará dará continuidade a um governo que trabalha pelo povo. “A gente já faz muito quando compreende que não fez o bastante”, disse, ao observar que não é justo um governo de três anos e meio ser responsabilizado por todas as mazelas do Estado. “Na Câmara Federal, criei a Universidade Federal Rural da Amazônia para que o filho do pobre possa ser doutor”, disse, ao informar que colocará sua experiência a serviço de Ana Júlia para que ela faça um governo melhor que o primeiro.

candidato a vice da Frente Acelera Pará responsabilizou o PSDB pela supressão dos 25% referentes ao ICMS de Belém, o que provocou cortes em investimentos em educação, saneamento, educação e água. “Ana Júlia já está corrigindo essa injustiça”, disse ele, referindo-se à devolução dos R$ 166 milhões à Prefeitura de Belém, definida em acordo extrajudicial entre o Governo do Estado e o município de Belém.

Alça - Anivaldo desafiou o ausente Helenilson Pontes a mostrar uma obra estruturante feita pelo governador Simão Jatene. “Ele disse que fez a Alça Viária com o dinheiro da privatização da Celpa. Queria saber onde ele colocou os recursos do Ministério da Integração Nacional destinados para fazer a Alça”, cobrou, citando obras como a do Ação Metrópole, que abrem novas vias ao tráfego para criar o Sistema Integrado de Transporte que vai beneficiar 2 milhões de pessoas na Região Metropolitana de Belém com o Bilhete Único, corredores exclusivos para ônibus ao longo da BR-316, Almirante Barroso e Augusto Montenegro, estações e terminais de integração, além de um sistema de ciclovias.

Com relação à saúde pública, Anivaldo destacou que Ana Júlia repassa recursos a todos os municípios, fundo a fundo, garantindo aos prefeitos liberdade para contratar profissionais, construir postos de saúde da família, investir em equipamentos. “O hospital Metropolitano que era para ser um pronto-socorro virou de alta complexidade porque o custo de manutenção era maior que o de construção”, disse ele, ao lembrar que o secretário de saúde de Altamira, que desfilou em carro aberto com José Serra naquele município, foi preso por desvio de medicamentos no Amapá.

Desvios - Em resposta a uma pergunta de Anivaldo sobre as razões que o fizeram romper com o PSDB em 2002, Hildegardo disse que resolveu lançar sua candidatura ao governo naquele ano porque Jatene não trabalhou e não cumpriu o plano de trabalho da coligação deles. “Já naquela época me manifestei contrário a políticas que discriminavam o Pará e penalizavam o interior, como o projeto Alvorada, onde houve desvio de mais de R$ 45 milhões, deixando milhares de famílias sem água tratada no interior”. Hildegardo assinalou também que a presença de Helenilson Pontes na chapa de Jatene significa que a candidatura do PSDB representa o apoio ao separatismo da região do Tapajós.

Anivaldo disse ainda que é testemunha do esforço de Ana Júlia para atrair novas empresas para o Pará e citou a siderúrgica da Vale em Marabá. “Tanto o presidente Lula quanto o Roger (Agnelli, presidente da Vale) disseram que a siderúrgica veio para o sul do Pará por força da governadora Ana Júlia”, disse ele, para defender também a hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu, como um empreendimento necessário para o Pará e o Brasil. Anivaldo agradeceu a oportunidade de discutir o presente e o futuro do Pará.

“O que aproximou o PR de Ana Júlia foi a parceria com Lula para resolver as grandes obras, como a Transamazônica, a Santarém-Cuiabá, o resgate de siderúrgica que o governo anterior havia perdido para o Maranhão, as 30 mil casas populares que a Vale não avalizou, a BR-222, que se está ruim foi obra do Almir, as eclusas que serão inauguradas. Essa parceria da Ana vai continuar com a Dilma, quem atrapalhou foi o presidente da Assembléia Legislativa, que agora é candidato a governador do estado, mas Ana Júlia recuperou escolas, colocou hospitais para funcionar e fez um governo que criou oportunidades para todos”, destacou Anivaldo Vale.