terça-feira, 13 de abril de 2010

Fazendeiro Bida é condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato de Dorothy Stang.


O Conselho de Sentença da 2ª Vara Penal da Comarca de Belém condenou Vitalmiro Moura, o Bida, a 30 anos de prisão por ter sido o mandante da morte da missionária Dorothy Stang em fevereiro de 2005. 
Vitalmiro teve a pena agravada pelo fato da vítima ser pessoa idosa, conforme o artigo 61, inciso II, alínea h do Código Penal Brasileiro. A tese defendida pela acusação foi de homicídio duplamente qualificado, praticado com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima.
Foi a terceira vez que Vitalmiro foi submetido a júri pela referida acusação. Na primeira foi condenado e na segunda, absolvido, mas o Tribunal anulou a sentença em julgamento de recurso de apelação movido pelo Ministério Público. O quinto e último réu no processo, Regivaldo Galvão, será julgado em sessão marcada para o dia 30 de abril deste ano.
Morte da missionária
O crime ocorreu em 12 de fevereiro de 2005 em Anapu (PA). Por volta das 7h30, a missionária Dorothy Stang seguia para uma reunião com colonos na cidade de  Anapu, no Pará. No caminho, encontrou Rayfran das Neves Sales e Clodoaldo Carlos Batista, os quais, conforme o Ministério Público, aguardavam a passagem da vítima.
Dorothy Stang foi assassinada com seis tiros, disparados por Rayfran, réu confesso. Segundo o Tribunal de Justiça, Clodoaldo atuou como facilitador para a ação de Rayfran, distraindo a vítima.
O crime teria sido encomendado a um valor de R$ 50 mil, sendo Rayfran e Clodoaldo denunciados como executores, Amair Feijoli da Cunha como intermediador, e os fazendeiros Vitalmiro Bastos de Moura (Bida) e Regivaldo Pereira Galvão como mandantes.
Até agora, foram condenados Rayfran das Neves, que cumpre pena de 28 anos de prisão, Clodoaldo Batista, condenado a 17 anos, e Amair Feijoli, a 18 anos
Ela morava havia mais de 20 anos na região, ajudando agricultores ameaçados por fazendeiros e madeireiras ilegais.

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