sábado, 10 de abril de 2010

Morre o ex-radialista Luiz Araújo

Araújo, condenado pela morte dos irmãos Novelino, ficou 23 dias em comaMorreu, às 8h15 desta sexta-feira, por insuficiência aguda respiratória o ex-radialista Luiz Araújo, um dos condenados pelo duplo assassinato dos irmãos Novelino. Araújo estava internado no Hospital Regional de Campo Grande desde o dia 14 de fevereiro, e já estava em coma.O corpo dele deve ser trazido para Belém, mas ainda está indefinido se será o Sistema Penal ou a família que arcará com o transporte do corpo.O preso de justiça José Luiz Pinheiro Araújo, o “Luiz Araújo”, que cumpria pena na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso, condenado pela morte dos Irmãos Novelino, se complicou no últimos meses e ele teve que ser submetido a procedimentos cirúrgicos.ATENDIMENTOO DIÁRIO teve acesso a um relatório feito pelo serviço de Assistência Social da Penitenciária de Campo Grande que narra detalhes dos procedimentos aos quais foi submetido Luiz Araújo desde o momento que avisou estar se sentindo mal na cadeia.No relatório, a chefe do Serviço de Saúde da Penitenciária Federal de Campo Grande Andrea Telles Rosa informa que no dia 9 de fevereiro Luiz Araújo foi atendido pela médica Rafaela Sabino Tenório, tendo se queixado de dores na articulação do cotovelo, relatando que tinha realizado uma “grande quantidade” de exercícios, “não obedecendo” à orientação dada pela médica durante consulta no dia 2 de fevereiro.Desde então, a médica passou a acompanhar diariamente o paciente, sempre mantendo informado o Serviço de Saúde, que o incluiu na lista de prioridades absolutas para o médico de plantão.No dia 12 de fevereiro, o paciente foi atendido pelo médico Marcelo de Oliveira Ramalho, que diagnosticou pressão arterial 160x95 e os medicamentos prescritos foram encaminhados ao interno por meio de agentes de segurança da penitenciária.No dia seguinte, o agente Rocha informou à enfermeira chefe que o detento Luiz Araújo se queixava de dor no peito e, diante do quadro, a profissional solicitou atendimento urgente com o médico Marcelo Ramalho, que autorizou um eletrocardiograma com laudo de um cardiologista.A partir deste momento, buscou-se atender a recomendação do médico da penitenciária. O paciente foi levado para o setor de emergência sob escolta e na Unidade Coronária foi atendido pelo medico Helton Elias Arruda, sendo diagnosticado “infarto agudo do miocárdio”, com necessidade de internação imediata.Informada que Luiz Araújo possuía plano de saúde particular, a enfermeira Andrea Telles Rosa verificou a validade do plano junto à operadora e pesquisou nos hospitais particulares atendidos pelo plano a disponibilidade de vagas com suporte necessário para atendimento do paciente.Foram consultadas a Clinica Campo Grande, Hospital do Pênfigo, Proncor, Hospital Unimed, Hospital Alkadre e Hospital Sírio Libanês, ao mesmo tempo médicos de plantão do Hospital Regional verificavam vagas em outros hospitais públicos e particulares.Segundo o relatório, estas iniciativas foram infrutíferas e os médicos do Hospital Regional optaram por manter Luiz Araújo na emergência com todo suporte necessário e aguardar o devido leito, fato que aconteceu no dia seguinte, quando, após exames, submeteu-se a uma intervenção cirúrgica com três pontes de safena.SEM TRANSFERÊNCIADevido às condições de saúde do preso, o juiz federal da 5ª Vara Criminal de Campo Grande, Dalton Igor Kita Conrado, achou por bem não prosperar a solicitação de renovação da permanência do preso na Penitenciária Federal de Campo Grande, visto que as condições de saúde de Luiz Araújo são incompatíveis com a possibilidade de ameaçar qualquer autoridade e também, embora o apenado tenha concordado com a sua transferência para esta cadeia federal, o fato é que posteriormente solicitou seu retorno ao juízo de origem, afastando o temor por eventual ameaça de morte a sua pessoa.As últimas informações chegadas de Campo Grande são de que o advogado dele teria solicitado a transferência para Belém do Pará. Porém, como o Departamento Penitenciário Federal não tem avião com UTI, esta transferência poderia ser em um avião da FAB. No entanto, a situação crítica de saúde dele impediu esta transferência.Neste final de semana, houve mais uma tentativa de transferência, mas o médico responsável pelo paciente no Hospital Regional de Campo Grande e o médico da Penitenciária Federal se recusaram a assinar o laudo para a transferência do paciente, alegando estado de saúde crítico. (Fonte: Diário do Pará - Sexta-feira, 09/04/2010

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